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Caros Estudantes


Este blog foi criado pensando em todos vocês. A UNDE, hoje, conta com mais de mil membros espalhados por todo o país. Temos representantes em Niassa-Cuamba, Cabo Delgado-Pemba, Nampula-Cidade de Nampula, Sofala- Beira e agora com um grupo focal na Zambézia-Quelimane estando a nossa Sede Nacional em Maputo.
As nossas actividades, de hora em diante, serão divulgadas igualmente neste espaço. Queremos convidá-los a enviarem-nos mensagens contando o vosso dia-a-dia nas instituições de ensino.

Desde 1996 trabalhando por uma educação sã!

Av. Paulo Samuel Khankomba
Nº 1912 Fax: +258 21327126
Email: unde_unde@yahoo.com.br
Maputo/ Moçambique


A Direcção



quarta-feira



UNDE em acção
As 09 horas do Dia 14/10/2015 com as 8ª classes na Escola Comunitária Armando Emílio Guebuza sob tema DIREITOS SEXUAIS E REPRODUTIVOS.

quinta-feira

Meninas forçadas a casar com idosos

Em Cabo Delgado, Niassa e Nampula as raparigas menores de 16 anos são forçadas a casar com pessoas mais velhas alegadamente por obediência à práticas tradicionais.
O envolvimento de raparigas com pessoas mais velhas esta cada vez mais a gan¬har vida na região nortenha do país. Muitas vezes esse acto é de caracter forçado, pois a rapariga é forçada pelos seus próprios pais a casar e na maioria com pessoas mais velhas em troca de condições para o sus¬tento familiar. E depois de contrair o matrimónio a rapariga é deixada à sua sorte e como consequência dis¬so fica propensa a varias situações como submissão, gestações não planificadas, infecções de ITS in¬cluindo o HIV, e o abandono escolar.
Para aquelas zonas do norte do país sobretudo nas províncias de Niassa, Cabo Delgado e Nampula, esses casos são acautelados como práticas tradicionais e consideradas normais.
Mas as vezes são situações propositadas pelos pais ,por causa de factores financeiros ou memso condições de vida.
Os pais decidem o que querem fazer com as filhas sem o consentimento delas, e elas sem o poder de decisão não tem outra hipótese se não aceitar respeitando o desejo dos pais.
São raparigas menores de idade que passam por isso, casando com pessoas mais velhas do que elas.
 
Em Cuamba
Amina Joaquim, 16 anos de idade é torturada pelos pais por ter recusado casar com um professor
O caso começou no mês de Janeiro quando os seus tios procuraram um homem por ser professor para se casar com sua sobrinha. Nina quando foi colocada a proposta que não chegou a ser proposta, mas sim uma ordem, ela recusou-se na hora sem contar com o que viria a acontecer. A situação veio a agravar nos finais do 1˚ trimestre quando viu a sua roupa a ser queimada passando assim nas noites a dormir ao relento e sem pelo menos uma capulana para se cobrir.
O pai irritado com a atitude da filha, pois ela teimava com a ideia do casamento, amarrou-a com borracha e começou a espancar. Depois de tanta violência os vizinhos foram socorrer a rapariga que chegou a ficar com os membros superiores e inferiores inchados, actos que os vizinhos condenaram veementemente.
Graças a denuncia dos populares junto a UNDE e por sua vez a outras instâncias que a menina se escapou desse episódio. O pai dela envergonhado foi se esconder na casa da machamba e o professor prometido, apavorado com as possíveis consequências dos seus actos, desistiu do casamento e a vítima continuou com a sua vida estudantil normal.(Relatorio da UNDE, 2012)
 
Em Malema
Aluna de 15 anos forçada a casar com um homem de 33 anos.
Os progenitores da menina decidem casa-la com um comerciante duas vezes mais velho que ela, com o proposito de obter vantagens financeiras para pagar caução e conseguir a liberdade condicional da mae.

quarta-feira

UNDE na Escola Secundária de Malhazine, na Cidade de Maputo

Activistas da UNDE falando dos direitos sexuais, prevenção do HIV e assédio sexual.





Enquadramento da UNDE


Numa palestra  na Escola C. Armando E.Guebuza
Esquerda a direita, Delfina(membro) Madalena Sidumo(gestora
do GAE),Numa palestra  na Escola C. Armando E.Guebuza
 

Enquadamento da UNDE

A UNDE, União para o Desenvolvimento Estudantil é uma organização autónoma sem fins lucrativos criada em 1996 com o objectivo de contribuir para o melhoramento da qualidade do ensino, encorajando a educação em todos os níveis em particular a da rapariga, tendo em conta factores de ordem curriculares e extracurriculares que directa ou indirectamente estão ligadas ao processo ...de ensino e aprendizagem e a juventude no geral.
Para o efeito ela conta com a participação de muitos jovens espalhados por todo o país que diariamente, como activistas voluntários tem dado o seu contributo para o alcance dos seus objectivos, quiça, as deficuldades inerentes ao seu exercício.
Quando falamos de factores de ordem curriculares, preocupamo-nos com a qualidade de ensino, pois, endendemos que os curriculas devem associar a construção de mulheres e homens novos aos desafios inerentes as realidades sociais, culturais e económicas da sociedade moçambicana e global.
E, quando falamos de factores de ordem extracurriculares, que podem contribuir positivamente ou negativamente na qualidade de ensino, nos preocupa os problemas do acesso e manutenção dos adolescentes e jovens na escola, devido ao casamento prematuro, alguns usos e costumes tradicionais, as doenças, tais como o HIV/SIDA, a droga, o álcool e outros males que enfermam os estudantes e os jovens no geral.
Outros problemas importantes que tem dificultado a vida estudantil da juventude são a corrupção e o abuso sexual dos professores para com as alunas e alunos. Estes, tem vindo a ser alvo de professores corruptos, que na “chantagem” de que se não pagam chumbam de classe e se não se deitam na cama com eles também chumbam, tem, para além de baixar ainda mais a qualidade de ensino, traumatizado estas alunas e alunos pelo nível de imoralidade em se confrotam e se submetem, e com riscos sérios de contrairem infecções de transmissão sexual, HIV/SIDA, gravidez indejada num lugar onde seria, no nosso entender, o ideial para a sua educação, moralização e civilização em todos os contextos.
É por isso que nas nossas acções, damos a conhecer os direitos dos jovens e estudantes, porque acreditamos que com o conhecimento poderão saber se defender de todos estes males, dos professores que abusam das alunas e dos alunos e dos corruptos, pois estas práticas constituem crimes, cujo o valor a proteger interessa a toda a sociedade.
É por isso também que dissemos sempre “unidos por uma educação sã”, na medida em que no nosso entender, para que a educação seja realmente “saudável” é necessário que todos deem o seu contributo, desde na família, no bairro, na comunidade até a sociedade no geral de forma organizada para que os nossas filhas e filhos, os nossas irmãs e irmãos, nossas primas e primos, nossas sobrinhas sobrimos, nossas netas e netos, etc. tenham acesso a escola e de lá saiam formados com uma educação saudável e de qualidade, prontos para darem o seu contributo nos desafios inerentes ao desenvolvimento sócio-económico das suas vidas e do país no geral.

sexta-feira

Workshop sobre Acesso a Informação, promovido pela unde e teve lugar na Tenda do Forúm Mulher







HIV

HIV
Até que se faça o teste, todo mundo é seropositivo
Esta é uma posição defendida por estudantes da 11ªclasse da Escola Secundária de Laulane, quando falavam durante uma palestra promovida pela UNDE cujo tema era HIV/SIDA e ITS. Aqueles estudantes dizem que há muitos jovens que não aceitam fazer o teste, entretanto, a maioria deles dizem ter medo do resultado, ainda que seja benéfica para saber o seu estado de saúde. Por isso, para a consciência de alguns jovens estudantes, existem um mito onde diz prefere morrer sem saber se foi por SIDA ou não, porque só por saber que é seropositivo, a pessoa já não fica bem psicologicamente. Mas para os estudantes que já fizeram o teste, eles entendem que é muito importante fazer o teste, pois é com o teste que pode saber se esta infectado pelo virús de HIV. Dai muitos estudantes apelam aos outros estudantes e jovens no geral para que procurem saber sobre os seus estados de saúde fazendo o teste. Para aqueles que não querem fazer o teste por medo do resultado, só podem estar tranquilos até que façam o teste, pelo contrário todos são seropositivos.

quarta-feira

Unde em Nampula















Violada pelo próprio tio


Violada pelo próprio tio
Diana Afonso Kumaio de 18 anos de idade, desabafou a UNDE ter sido vítima de uma violação sexual protagonizada pelo seu próprio tio, irmão legítimo do pai. Este é um pesadelo que viveu com ela desde os seus 13 anos de idade, altura da ocorrência do facto.

 Diana estudante da 12ªclasse, residente do bairro da Mafalala nos arredores da cidade de Maputo, é filha única, cresceu sozinha sem companhia das outras crianças dentro de casa. Durante o crescimento a vida dela era só acordar ir a escola e voltar ficar em casa, fazer deveres de casa e brincar na companhia da empregada enquanto os pais trabalhavam.
Passado vários anos, o pai chamou o irmão dele mais novo da província para viver junto com eles em Maputo, uma vez que, este já tinha concluído a 12ªclasse mas não tinha conseguido entrar na faculdade e nem tinha emprego e em Maputo teria oportunidade para arranjar emprego. Então foram vivendo com ele até que dispensaram a empregada alegando que não havia necessidade de ter empregada, na medida em que o tio da Diana ainda não tinha conseguido emprego, poderia muito bem tomar conta da menina enquanto eles, os pais, estivessem no local de trabalho.
Nessa altura, Diana tinha 13 anos e quando os pais fossem trabalhar, o tio ficava a dar banho, comida, ia a buscar na escola e muito mais. Nos primeiros dias cuidava muito bem dela e foi tudo bonito, até que chegou um dia que quando o tio foi a buscar na escola, chegou a casa serviu-a comida, comprou sorvete e muitos doces, fez algumas carícias e depois disso chamou-a para brincar no quarto em cima da cama. “Me chamou para o quarto e disse que queria me ensinar coisas muito bonitas”, disse Diana. E depois disse que não podia contar a ninguém porque se não ele iria ser mandado embora da casa, e que ela ficaria sem o tio para a comprar sorvete e brincar. Então ela jurou não contar a ninguém tudo o que iria acontecer alí. O tio mandou a sobrinha tirar a roupa interior(a calcinha) e depois a deitou na cama e posteriormente a violou. Depois do tio estuprar levou a sobrinha para o banho e pediu para que nunca contasse a ninguém tudo o que tinha acontecido, dizendo que se os pais souberem iriam a matar. Diana ficou assustada e preferiu não contar a ninguém.
O tempo foi passando e ela foi crescendo mas sem se esquecer do sucedido. Enquanto crescia ganhava mais consciência sobre o assunto e constituia um grande pesadelo e dores no seu coração.
Já aos seus 18 anos, alguns dias depois de ter acompanhado uma palestra com o tema “Violência sexual e seus riscos”, promovida pela UNDE na sua escola, Diana foi para o escritório da mesma, no Gabinete de Apoio Estudantil (GAE), onde contou pela primeira vez esse episódio que a sufocou durante cinco anos, pedindo apoio.
Durante o desabafo, Diana disse estar a sofrer com isso tudo a cinco anos, mas nunca teve a coragem de contar os pais.
Conta que o tal tio estuprador agora esta a trabalhar, tem a sua família, e quando se encontram em convívios familiares ele finge que nunca aconteceu nada ou seja ele acha que Diana já esqueceu tudo, não se lembra de nada.
Ela diz que se sente mal as vezes quando está numa conversa com as colegas e amigas e contam das suas primeiras vezes que conheceram os seus namorados se doeu ou não, se foi com o namorado amado com quantos anos, isso tudo lhe deixa muito nervosa e o pior é que ela nem pode compartilhar a dor dela com colegas, porque só de imaginar que foi desvirginada pelo próprio tio, dentro da casa dos seus próprios pais e depois deixou isso impune, fica transtornada. Para os devidos efeitos, a UNDE está a fazer um acompanhamento desta situação.

Queremos passar sabendo...

«Falar da corrupção é falar de uma peste que enferma ou afecta todas as partes dos extractos sociais. Constitui um mal sem fronteiras.
De acordo com pessoas amigas da paz, o conflito pode ocorrer quando um indivíduo, comunidade, ou grupo de pessoas sente que uma outra comunidade ou grupo interfere nas suas aspirações.»